A presidência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMDAS) da Câmara dos Deputados deverá ficar com um parlamentar petista ligado à causa socioambiental. Com desfecho previsto para esta semana,ãodeMeioAmbientedaCâ as negociações partidárias afastaram a possibilidade de que um ruralista pudesse comandar a Comissão de Meio Ambiente, instância essencial para a implementação da política ambiental do governo Lula (PT). Ventilada há um mês, a possível indicação para o cargo do ex-ministro do Meio Ambiente na gestão Bolsonaro e deputado Ricardo Salles (PL-SP), que é acusado de crimes ambientais, provocou repúdio de apoiadores da causa socioambiental. Um abaixo-assinado online com 75 mil subscrições pediu um ambientalista na Comissão. :: Salles afirma que "infelizmente" não conseguiu "passar a boiada" :: PT deverá indicar deputado ambientalista Dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), o consenso é a indicação do deputado reeleito Nilto Tatto (PT-SP) para presidir a Comissão de Meio Ambiente. A indicação deverá ser feita nos próximos dias pelo líder da bancada da sigla na Câmara, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Opositor da agenda antiambiental puxada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) no Congresso nos últimos quatro anos, Tatto é também o novo presidente da Frente Parlamentar Ambientalista (FPA), composta por 138 deputados e instalada na última semana. Comandada até então pelo deputado ruralista Covatti Filho (PP-RS), a Comissão de Meio Ambiente será palco de disputas políticas acirradas das quais dependem o sucesso das promessas de campanha do governo Lula. :: Rearticulação estatal é condição para conter desmatamento, diz chefe da fiscalização do Ibama :: A Frente Parlamentar Ambientalista se prepara para pautar projetos que coloquem o Brasil rumo ao desmatamento zero até 2030. Pela oposição, deputados ruralistas defenderão a continuidade dos projetos da “boiada” que buscam legalizar o avanço da fronteira agropecuária sobre os biomas. Segurar retrocessos e promover avanços, projeta Tatto “Vamos debater como criar políticas de adaptação às mudanças climáticas para evitar mais sofrimento com questões como a seca prolongada no Rio Grande do Sul ou o evento extremo que se abateu recentemente sobre o litoral norte de São Paulo”, afirmou Nilton Tatto ao Brasil de Fato. O parlamentar avalia que a Comissão de Meio Ambiente terá importância estratégica para segurar “retrocessos ambientais” pautados pelo bolsonarismo, além de defender iniciativas que derrubem as emissões de gases que provocam o aquecimento global. “Faremos o diálogo na sociedade civil e movimentos populares para pensar políticas que ajudem o próprio Executivo a implementar o plano de governo do presidente Lula”, projetou o provável novo presidente da Comissão de Meio Ambiente. :: Governo dos EUA confirma entrada no Fundo Amazônia com 'recursos vultosos', diz Alckmin :: Comissão perdeu relevância sob controle de ruralistas A Comissão de Meio Ambiente da Câmara é um órgão especializado, palco de debates técnicos que aperfeiçoaram a legislação ambiental brasileira nas últimas décadas. Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima (OC), espera que, a partir de agora, a instância deliberativa recupere a importância que já teve. “Nos anos em que representantes da bancada ruralista assumiram o poder nessa Comissão, a pauta passou a destacar assuntos que não são relevantes, e o nível dos debates caiu muito. Então você perde o órgão colegiado como uma arena de debate técnico que tem que ocorrer para produção de legislações robustas que avancem na proteção do Meio Ambiente, e não que caminhem para o retrocesso”, lamentou. Consultora legislativa da Câmara dos Deputados na área de direito ambiental por 25 anos, Araújo alerta que tramitam no Congresso propostas que, na prática, destroem leis essenciais para o equilíbrio socioambiental. “Por isso ganha relevância a opção por parlamentares que conhecem o assunto e defendem a pauta ambiental para assumir a presidência da Comissão. É realmente um momento estratégico. Torcemos para que seja feita a escolha adequada”, disse a especialista. Dobradinha Lira/Bolsonaro esvaziou Comissão Até então alinhado à política antiambiental de Bolsonaro, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) atuou nos últimos anos para diminuir a importância das comissões, colocando projetos de lei diretamente em plenário, sem passar pela Comissão de Meio Ambiente. “Isso na verdade foi um equívoco porque as comissões são realmente a instância adequada para os principais debates técnicos no parlamento. Então a perda de relevância progressiva das comissões das comissões permanentes é um sinal de redução da qualidade da democracia. Isso é um ponto que os brasileiros têm que prestar atenção”, pontuou a integrante do Observatório do Clima. Edição: Rodrigo Durão Coelho |
Most countries' climate plans 'totally inadequate' – expertsBan Marvel's gay kiss? You might as well ban the Sistine ChapelMinistério da Agricultura confirma nomes de secretarias de composição da pastaMorgan Stanley não vê exagero em tombo de São Martinho após desoneração de...Jair Bolsonaro pictured with second accused in Marielle Franco murder casesite aposta gratis 【Aurl:www.8233066.com】casas de apostas com dinheiro gratis 【Aurl:www.8233066.com】melhores plataformas de apostas 【Aurl:www.8233066.com】cef loterias aposta online 【Aurl:www.8233066.com】bingo f1 【Aurl:www.8233066.com】